segunda-feira, 26 de abril de 2010

Bilhete de saida, talvez...

(...) Acabo por entender que a nossa vida não passa de uma simples estação de comboios, em que temos que cumprir horários, cruzar as linhas sem bater e apanhar o comboio antes que ele parta.

Às vezes perdemos os comboios mais importantes da nossa vida, outras vezes entramos em comboios que nos levam a lado nenhum. Outras, simplesmente enganamo-nos no comboio, mas seguimos viagem, com esperança de chegar ao sitio que queremos.

Entramos em certos comboios desejando que a viagem nunca mais termine, que nos leve aos sitios mais maravilhosos, e que nos deixe passar dentro dele a noite. Entramos em comboios que apenas nos passam ilusões de paisagens bonitas, e que nos expulsam quando a noite chega.

Cruzamos linha com comboios nos quais ainda não viajámos, nem queremos viajar, com comboios que não nos foi permitida a entrada, com comboios nos quais entramos e dos quais fugimos, com comboios em que entramos e nos mandam embora. E, esperamos um dia, com um comboio em que possamos sentar-nos e descansar.

P.S.: Pensamentos estupidos, depois de quatro horas de sono
(e possivelmente ainda com alcool no sangue!)

P.S. da Ana Lúcia: "pensamentos decentes, de uma miuda decente nos dias indecentes de hoje, que só afluem quando as 4 horas de sono e alcool no sangue nos deixam à vontade e sem medo de dizer aquilo que é verdade quando estamos acordados e só pensamos quando durmimos. Conclusão: deixem de durmir de vez em quando para clarear e assentar ideias e hélios flores"